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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Srila Bhakti Siddhanta Saraswati Thakur Conversa com a Sra. Nora Morell, Visitante da Alemanha



Devemos ter fé firme na Divindade. Somos absolutos infinitesimais, e é apenas apropriado que nos associemos com o Absoluto. Se nos sentirmos apreensivos (encabulados) de fazê-lo, é provável que nos enredemos com os assuntos efêmeros deste mundo. Aqueles que são amigos estão conosco apenas por um curto período de tempo. Eles nos abandonarão a qualquer momento, quando forem chamados a sair deste mundo.

O que quer que façamos, deveríamos tender a nos associar com a Divindade e não nos envolvermos com qualquer trabalho nosso que tenha objetivos temporários. Dependemos dEle. Por sermos infinitesimais, precisamos ter nossa posição final nEle.

Todas as nossas atividades devem ser rexecutadas para satisfazer exclusivamente aos propósitos dEle. Não é bom que pensemos que temos qualquer outra coisa a fazer. Ao contrário das pessoas em geral, precisamos obter um método de direcionar tudo apenas para Ele, para o Seu serviço.

O corpo grosseiro externo não pode viver mais do que cem anos. Nossas especulações mentais estão comprometidas a nos fazer continuar em nossa atual forma humana. Mas, num dado momento, seremos obrigados a deixar esta perturbação mortal, e cessarão nossas transações com o mundo externo, não importa nosso ardor a respeito de manter-nos associados com a natureza manifestadora das coisas.

Se desejamos nos associar com o Absoluto, é preciso que abandonemos, dentro de nossas possibilidades, toda propaganda não absoluta que nos leva a alcançar nossos objetivos temporários; caso contrário, nos converteremos em meros materialistas. Essa propaganda não absoluta nos instigará a nos enredarmos com pensamentos e idéias mundanos. Estaremos pensando sobre os desenvolvimentos físicos, em vez de nos associarmos ao Absoluto.

Todos somos absolutos, ainda que infinitesimalmente pequenos. Já que mostramos desconfiança, provamos essa nossa desconfiança de nos associarmos a Ele. Desse modo, tal como cometas, fomos arrojados para longe dEle.Nos rebelamos contra essa Entidade. Agora, para retornarmos a Ele, é essencial que todas nossas associações e movimentos tendam a Seu serviço.

Mas antes de tudo, Ele precisa ser designado. Quem é Ele? Que forma Ele tem? E como poderemos retornar a Ele? Quando soubermos que Ele Se mantém aparte de tudo neste mundo fenomenal, sentiremos a necessidade de nos associar a Ele. E esta associação pode ser obtida se formos capazes de eliminar os impedimentos externos que são como barreiras entre o Infinito Absoluto e os infinitesimais absolutos.

Nossas especulações mentais objetivam a associação com os objetos fenomenais. Mas alguns filósofos consideraram que seria possível dirigir nossas especulações mentais a Ele em Sua forma abstrata, em vez de em Sua natureza manifestadora. Mas aqui, obtivemos a Sua natureza manifesta com o propósito de nos associarmos a Ele.

Não podemos ter esta associação por meio de qualquer tipo de privação. Os objetos fenomenais são indesejáveis. Ainda que exerçam algum efeito sobre nós, são transitórios e não nos proporcionarão o bem até o final dos tempos. Não pensamos, igual aos materialistas, que nossa existência cessará. Os materialistas pensam que tudo termina quando morremos –que todos nossos problemas terminarão com a morte. Esta idéia miserável deveria ser descartada.

Precisamos ocupar todas nossas atividades para nos associarmos ao Absoluto, já que nós mesmos somos associados infinitesimais.

Não somos o corpo, nem a mente, nem a atmosfera externa, de quem precisamos nos dissociar. Estas situações indesejáveis precisam ser eliminadas a todo custo, caso contrário seremos absorvidos pelos objetivos baixos deste mundo.

Várias pessoas usam os animais inferiores como comida. Na antiguidade, quando o canibalismo prevalecia no mundo, as pessoas costumavam comer carne humana. Eles pensavam que o corpo humano destinava-se a seu consumo. Mais tarde, quando a civilização progrediu, as pessoas abandonaram o canibalismo, mas continuaram a comer a carne de animais inferiores. Na Índia, as pessoas que pertencem a castas elevadas não comem alimento animal. O desenvolvimento do pensamento religioso acabou com a prática da crueldade contra os animais que era praticada de várias formas. A ciência agora provou que os vegetais também têm vida e que são capazes de sentir dor e prazer.

Não se trata de cometermos suicídio abstendo-nos de todo tipo de comida. Este problema é resolvido quando o alimento se destina a satisfazer o Absoluto.

Tudo veio dEle e deve retornar a Ele, e tudo se destina a Seu serviço. Todos os objetos animados e inanimados provêm dEle e destinam-se apenas a servi-lO. Ao nos apropriarmos das coisas, estamos enganando o Absoluto. Somos absolutos infinitesimais e estamos iludidos pelo carater manifesto dos fenômenos mundanos. Temos de nos livrar desta ilusão. Precisamos obter um vislumbre e alcançar a Verdade.

Se formos sinceros, Ele Se mostrará à nossa visão. O que quer que façamos, devemos fazê-lo para Ele, para satisfazer os Seus objetivos eternos, em vez de indulgirmos nas transações transitórias. Nossa função não é de apenas executarmos nosso trabalho para satisfazer a nós mesmos. Não deveríamos ser os beneficiários dos frutos de nossos empreendimentos. O melhor para nós é que façamos tudo a favor dEle e em Seu serviço. Somos servos. Se mantemos cães, seremos servos de cães. Se mantemos cavalos, seremos servos de cavalos, e se nos tornamos altruistas, seremos servos apenas de seres humanos. Mas é o Absoluto quem precisa ser servido a todo custo.

Precisamos considerar indispensável que todas nossas atividades tendam a Seu serviço. Todos os seres animados ou inanimados emanaram dEle. Deveríamos servir ao Absoluto e não nos ocuparmos no que não é absoluto.

A maioria das pessoas está perdida ao tentar entender o que deveria fazer e qual é seu destino. Tais pessoas somente percebem o lado superficial das coisas, sendo que este lado externo das coisas é bastante ilusório. Por sermos pessoas inteligentes, precisamos ter muito cuidado. Precisamos adentrar tudo do modo apropriado. Nossa visão não deveria ser obstruída pela representação morfológica das coisas, nem por seu lado ontológico.

A organização metodológica dos fenômenos não deveria se restringir a nosso objetivo ordinário de apenas viver. Mas já que nossa meta é vivermos uma vida pacífica, não desejamos ser perturbados pelos elementos indesejáveis do mundo. Às vezes, por seguir regras e normas e pelo respeito aos princípios cívicos, encontramos um pouquinho de paz. Mas, novamente, temos problemas devido a uma ou outra divergência das pessoas de fora. Existe uma agência operando ao fundo que não se expõe a nossos sentidos atuais.

Nossos nervos sensoriais são muito incapazes no que se refere ao objetivo de permitir uma associação com a verdade. Somos enganados pela aparência de devoção e de verdade que as pessoas podem exibir frequentemente.

As características externas, as fases morfológica e ontológica das coisas, algumas vezes são consideradas prejudiciais à nossa causa, quando ambicionamos estabelecer um contato com o Absoluto. Temos a possibilidade de obter a experiência dos últimos dez mil anos. Podemos julgar e discernir o melhor método a adotar, em vez de indulgirmos na maneira como as pessoas mundanas realizam seus afazeres à nossa volta.

Nossos sentidos reagem rapidamente aos objetos fenomenais. Objetos super-sensoriais são simplesmente negligenciados. As representações eternas, as manifestações eternas e os aspectos eternos são completamente negligenciados. Ansiamos poder tirar o máximo proveito do contato com todas as coisas desejáveis.

Em nossa vida atual, descobrimos que tudo isso é traiçoeiro e apenas nos conduz exclusivamente à satisfação de nossos sentidos. Esta propaganda não absoluta precisa parar. O que quer que possamos fazer, precisamos considerar que nem deveríamos nos sentir tímidos nem indolentes de oferecermos nossos serviços ao Absoluto.

A palavra "Absoluto" é explicada de várias maneiras. Experimentamos os objetos de fenômenos não absolutos e indesejáveis. Nossa mente é vista como dotada de uma natureza não absoluta. A mente discerne todas as coisas como sendo apenas objetos sensoriais. Descreve-se que o Absoluto Se reserva o direito de não ser exposto aos senti-dos humanos. Se o Absoluto fôsse um objeto fenomenal, estaría sob nosso domínio. Mas essa não é a situação correta. Devemos nos dedicar como Seus servos. Não pensemos que nós é que somos os desfrutadores e que Ele é o objeto predominado de nosso prazer. Ele jamais é tal coisa.

Somos obrigados a passar por diversas situações indesejáveis e desejamos nos livrar de tudo isso. Nosso impulso interno tem de ser de acessarmos a região onde todos os objetos nos oferecem uma oportunidade especial de nos associarmos ao Absoluto. Nosso objetivo deveria ser de nos associarmos com a plenitude, com a eternidade, com a pureza e com o melhor de tudo que é desejável, e não de nos misturarmos com as coisas temporárias da natureza ilusória.

Não deveríamos ter uma idéia aleijada do Supremo. Devemos esperar que a mensagem transcendental chegue plena até nós. Teremos então uma oportunidade de nos associarmos com Ele. Precisamos de um tempo para progredir na investigação da Transcendência.

Somos muito pequenos. Alguma influência avassaladora vem sobre nós e temos problemas. Assim, é melhor recorrermos ao Infinito Absoluto. Não deveríamos agir como cometas que se distanciam dEle, mas que retornam à sua morada original. Lá, nossa natureza manifesta encontra-se sempre presente, enquanto que aqui os objetos fenomenais servem apenas por poucos dias. Desse modo, é preciso que convertamos este benefício eterno em nosso objetivo. Se tivermos a deteminação para nos associarmos exclusivamente com a Entidade Total, seremos capazes de ignorar todas estas influências da natureza, toda influência das descobertas científicas.

Existem muitas coisas ocultas e não reveladas a nós e que precisam ser recebidas através de nossa recepção aural. Precisamos treinar nossos nervos auditivos para torná-los suscetíveis às ondas sonoras do mensageiro transcendental, pois, desse modo, seremos capazes de progredir rumo à Transcendência.

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(Esta conversa teve lugar em 1 de setembro de 1936 e foi publicada originalmente na revista "The Hamonist" em 20 de janeiro de 1937, mais tarde republicada na íntegra no "Sri Gaudiya Darshan" de 1983.) 

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Ângulo de Visão Correto

Ângulo de Visão Correto



Srila Bhakti Siddhanti Saraswati Thakur
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Pergunta: Não consigo compreender este mundo.

Resposta: É vida em campo. Este mundo não é nossa morada original. Destina-se a certos objetivos. Depois disso, devemos prosseguir para nosso lar original. Este mundo não é um lugar desejável. Não é bom se ficar atraído a ficar aqui por longo tempo, esquecendo de nossa morada original, onde ficamos com o Supremo. Somos os servos eternos do Supremo.

Quando decidimos nos assenhorear do universo, recebemos estas facilidades com objetivos temporários. Elas não servem a nossos objetivos eternos. Seria melhor que buscássemos um lugar onde pudéssemos encontrar a paz verdadeira. Aqui, estamos sempre sujeitos a sofrer perturbações.

Por meio dessas perturbações, a Providência deseja nos ensinar que o mundo não é nosso habitat eterno, mas que toda paz verdadeira deve ser encontrada nEle. Sendo assim perturbados, naturalmente gostaremos de retornar à região original.

A vida neste mundo deveria ser conduzida de modo pacífico, em vez de ser no espírito de retaliação. Deveríamos aprender a sofrer todas essas coisas submetendo-nos a Seus Desejos Divinos. Se fizermos isso, poderemos obter essa mesma paz aqui. É devido à nossa ambição de dominar que somos trazidos para cá. As condições aqui são tais que interligam cada posição.

Se exigimos mais do que o que nos é permitido, temos problemas. Deveríamos, melhor, retornar à nossa própria posição, a nosso único amigo. Ele é o único Abrigo para todas nossas necessidades e desejos. Mas, se pegamos a carga da responsabilidade sobre nós mesmos para correr rumo ao erro, acabamos tendo problemas na forma de nossas transações diárias. Não deveríamos cair em tal tentação.

As ofertas do cultivador da estética destinam-se a nos iludir, quando nos levam a pensar que este mundo é um local confortável. Toda melhoria real deveria levar ao Supremo. Deveria nos oferecer todas as coisas úteis por meio das quais nos livrarmos dessas tentações.

Desde que somos humanos, deveríamos emprestar nossos ouvidos para conhecer a melhor situação do mundo transcendental onde são exibidos os melhores aspectos da Realidade. Aqui, sofremos com as dificuldades de nossa visão eclipsada. É portanto melhor procurar pela região onde estão em voga todos os tipos da Natureza manifesta.

Os servos do Supremo sempre cuidarão de nosso interesse. Aqui, nossos amigos algumas vezes gostam de nós e outras vezes viram-se contra nós. Mas existe aqui a oportunidade de ouvir a respeito de nosso lar original dos lábios de pessoas muito familiarizadas com ele. Se negligenciarmos essa oportunidade, com o tempo nos arrependeremos. Suas palavras nos elevarão e mudarão a nossa mentalidade.

Todo tipo de perguntas complexas serão resolvidas, se ouvirmos essas pessoas que têm muito pouco a ver com este mundo. Nossa situação neste mundo está sujeita a mudanças, como nevoeiros e fogs. Por sermos pessoas inteligentes, ao invés de sermos inexplicavelmente desconfiados, nossa natureza prudente deveria nos permitir ouvir de vez em quando a respeito do mundo transcedental e da natureza manifesta. Uma atitude incrédula não nos concederá essa oportunidade.Este corpo externo será trocado como também nossa situação atual. Mas possuímos uma estrutura transcendental. Tão logo aprendamos que a estrutura transcendental está funcionando emnós, este dispositivo mortal deixará de nos perturbar.

As pessoas no Ocidente pensam que a mente é a alma. Diferimos deles. Existe uma vasta literatura na Índia dando suporte ao ponto de vista de que a alma é a proprietária da mente. A mente é a procuradora da alma para lidar com o mundo externo em cinco tipos de relacionamentos diferentes, como esposo e esposa, mestre e servo, pais e filhos, como amigos e de modo neutro. A alma está agora totalmente absorta por uma agência extrangeira. O corpo é diferente da roupa que o cobre. A alma está revestida pelos corpos materiais grosseiro e sutil. Esses corpos destinam-se a ser usados pela alma por um certo período.

Quando a atividade verdadeira torna-se latente, a mente apenas atua com o ímpeto dos sentidos, cobrindo a alma com as substâncias moleculares materiais. Mas a alma é a entidade verdadeira. Os sentidos são os objetos operantes, alguns para uso externo e outros para uso interno.

O denso exerce uma atração sobre as pessoas comuns. Destina-se a tais pessoas. Até mesmo os assim-chamados filósofos são vistos subscrevendo o slogan de que o corpo material grosseiro deveria ter preferência em todos os assuntos religiosos deste mundo (sariram adhyam kalu dharma sadhanam). Eles estão muito envolvidos com as coisas materiais grosseiras e sutis, ignorando a própria saúde da alma. As coisas materiais mudarão. Esta mudança algumas vezes nos concede facilidades e, outras vezes, cria obstáculos a nosso progresso. Mas a alma não muda e não pode ser destruída, ainda que seja suscetível de ser coberta pela forma sutil ou abstrata da densidade material na forma de nossa mentalidade passageira que é um presente de Maya. Ela nos deu os sentidos para medirmos as coisas prazeirosas para intensificar nossa posição egoísta. As pessoas religiosas pensam que não precisam satisfazer os sentidos destinados apenas a iludir. Como por exemplo, estaremos iludidos se pensarmos que o ar da atmosfera existe para nosso desfrute ou para nos conceder prazeres temporários. Essa mesma oportunidade irá embora para nos fazer saber que não se destina a nosso bem.

Estamos sujeitos a perturbações promovidas por esses agentes obstrutores. Sua quantidade nos mostrará que são mais numerosos que as coisas que podem nos dar bem-aventurança –a única coisa que deveriamos procurar. O pleno centro do êxtase encontra-se no Supremo. Toda sensação agradável deste mundo, se avaliada apropriadamente, mostrará que serve apenas a objetivos temporários, com o fim de obter nossos frutos mais adiante.


Esse é o plano do treinamento. Neste plano, estamos sujeitos a supor que tudo existe para nos servir. Mas a verdade é que existimos para servir ao Supremo dentro das cinco diferentes capacidades. Somente quando julgamos apropriado descer a este mundo para assenhorear-nos de outras entidades finitas para nosso desfrute é que acabamos esquecendo, até certo ponto, nossa posição verdadeira. Esta contingência surge quando queremos negar nosso Senhor. Por nosso próprio desejo, essa tendência, que era inata em nós, levou-nos a preferir esta região temporal.

Estas confusões emaranhadoras serão lentamente removidas quando as verdadeiras sugestões chegarem até nós ao encontrarmos pessoas conscientes de nosso interesse.Pessoas otimistas tendem a evitar tais pensamentos aparentemente pessimistas. Preferem meter-se nos problemas. Mas deveríamos obter o único refúgio no Absoluto.

A recepção auditiva é o único caminho que deveríamos seguir. Devemos estar preparados para ouvir como viver uma vida pacífica e aspirar pela bem-aventurança eterna do Absoluto, e quem pode concedê-la. A menos que nos submetamos a Ele, não há possibilidade de alcançar a região eterna. De outro modo, estaríamos multiplicando especulações que apenas serão obstáculos.

Ao invés de pretender ser um agente predominador, deveríamos nos situar como agentes predominados a fim de servir ao Supremo, a fonte de todas as coisas manifestas; e todas as atividades deveriam tender a Ele, sem esperar qualquer retorno comercial. Somos como Filisteus avessos ao pensamento teológico. Existimos para fazer dinheiro, ganhar fama e desfrutar de prazeres. Esta é a propensão natural por aqui. Toda esta propaganda relativista deve-se à aversão ao serviço ao Absoluto. Portanto, deveríamos emprestar nossa audição às descrições sobre a Transcendência a fim de nos tornarmos capazes de compreender como obter o verdadeiro fruto da alma em vez de sermos desorientados pela mente. A mente é como a procuradora da alma. Ela está sempre em busca da expansão de seu próprio interesse às custas do principal se pensar em passar seus dias de modo indolente, quando será naturalmente iludida pela mente. A alma adormecida precisa ser desperta. O melhor uso de nossa inteligência, prudência e desejabilidade deveria nos fazer progredir rumo à vida eterna. Os prazeres temporários com certeza nos trarão problemas a longo prazo.

Pergunta: Qual é a diferença entre shanti e ananda (paz e bem-aventuança)?

Resposta: Os impersonalistas pensam que Deus deveria oferecer um rasa neutro. Budha pensou que, ao final, existe a cessação da percepção. Shankaracharya argumentou que o Supremo não deveria ter forma alguma, que não deveria haver qualquer questão sexológica em relação a Ele, que todos deveriam retornar ao Absoluto, que não deveria haver diferença entre a alma individual e o Supremo, sendo que as três situações de observado, observador e observação se mesclariam em um Brahman pleno de júbilo e, ao mesmo tempo, desprovido de júbilo, inexistindo nele qualquer distinção entre ambos. A terceira escola é a escola devocional. Segundo essa escola, tudo o que se encontra aqui, como árvores, rios, montanhas etc., está presente no mundo transcendental. Aqui, encontramos apenas entidades separadas e, às vezes, estão desprovidas das centelhas de Realidade.

Pergunta: Por que o estudo da Filosofia não me traz paz agora?

Resposta: Porque escolhemos aderir à situação miserável e não prestarmos atenção ao Supremo.

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(Reprodução da conversa com o Major Rana N. J. Bahadur em Armadale, Darjeeling em 14 de junho de 1935. Originalmente publicada na revista The Harmonist (Vol. XXXI, No.21) de 27
de junho de 1935.) 

A Necessidade Última pelo Devoto Puro





A Necessidade Última pelo Devoto Puro

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Srila Bhaktisidhanta
Saraswati Thakur
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"Rendição não é apenas uma transação verbal. Rendição significa não apenas render nossas posses mas realizar que as próprias posses são falsas. Eu não sou o mestre de nada. Eu não sou sequer mestre de mim mesmo. Rendição significa dar tudo ao Guru e nos livrarmos da conexão não sagrada com tantas posses, de modo que elas não nos perturbem, sempre sugerindo: "Você é meu mestre", e desse modo desorientando-nos."
– Srila Sridhar Dev-Goswami Maharaj

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Pouco após o desaparecimento físico de Srila Bhaktivinod Thakur, alguns de seus discípulos pensavam que poderiam continuar a avançar espiritualmente apenas por referir-se a seus ensinamentos. Contudo, isso contraria o siddhanta e, portanto, Srila Bhaktisidhanta Saraswati Thakur, seu filho e discípulo, escreveu o seguinte artigo para chamar atenção para esse desvio.

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Aproveitamos a oportunidade oferecida pela Celebração do Aniversário do advento de Thakur Bhaktivinod para refletir a respeito do método correto de obter aqueles benefícios disponibilizados para a humanidade pela graça desse grande devoto de Krishna. Thakur Bhaktivinod foi especialmente bondoso para com aquelas pessoas desafortunadas que estão absortas em todos os tipos de especulação mental. Essa é a doença que prevalece na era atual. Os demais acharyas que apareceram antes de Thakur Bhaktivinod não direcionaram seus discursos tão diretamente aos pensadores empíricos. Eles foram muito misericordiosos para com aqueles que estão naturalmente predispostos a ouvir os discursos a respeito do Absoluto sem serem dissuadidos por argumentos paradoxais de declarados oponentes do Supremo.

Srila Thakur Bhaktivinod aceitou a difícil tarefa de encarar os argumentos perversos dos especuladores mentais com a lógica transcendental superior da Verdade Absoluta. Isso permitiu à média dos leitores modernos lucrar com a leitura e exame de seus escritos. Não está longe o dia em que os valiosos volumes que surgiram da pena de Thakur Bhaktivinod serão reverentemente traduzidos pelos recipientes de sua graça a todas as línguas do mundo.

Os escritos de Thakur Bhaktivinod proporcionam a ponte dourada por meio da qual os especuladores mentais podem com segurança cruzar as águas furiosas das controvérsias empíricas infrutíferas que perturbam a paz daqueles que escolhem confiar em sua orientação para encontrar a Verdade. Tão logo o leitor favoravelmente inclinado se encontre na posição de ser capaz de apreciar a qualidade superior da filosofia de Thakur Bhaktivinod, a plena visão das escrituras reveladas do mundo se abrirá automaticamente diante de seus olhos reabilitados.

Contudo, tem surgido sérios equívocos com respeito à interpretação apropriada da vida e dos ensinamentos de Srila Thakur Bhaktivinod. Aqueles que supõem ter compre-endido o significado de sua mensagem sem ter garantido a graça orientadora do acharya estão inclinados a favorecer indevidamente os métodos do estudo empírico de seus escritos. Existem pessoas que conhecem de memória quase tudo que ele escreveu sem serem capazes de capturar sequer uma partícula de seu significado. Tal estudo não pode beneficiar aqueles que não estão preparados para agir de acordo com as instruções lucidamente transmitidas por suas palavras. Não há possibilidade de honestamente se perderem as advertências de Thakur Bhaktivinod. Portanto, aqueles que estão sendo enganados pelo estudo e exame de seus escritos são desviados por sua própria perversidade obstinada em ater-se ao curso empírico, o qual preferem saborear mesmo em contra de seus conselhos explícitos. Deixemos que essas pessoas desafortunadas analisem mais cuidadosamente seus próprios corações em busca da causa de seus infortúnios.

O serviço pessoal ao devoto puro é essencial para compre-ender o significado espiritual das palavras de Thakur Bhaktivinod. O Editor desta revista, iniciada por Thakur Bhaktivinod, tem tentado chamar a atenção de todos os seguidores de Thakur Bhaktivinod para este que é o ponto mais importante de seus ensinamentos. Não é preciso que tentemos nos situar num patamar de igualdade com Thakur Bhaktivinod. Provavelmente, não nos beneficiaremos com qualquer imitação mecânica de qualquer prática de Thakur Bhaktivinod sob o princípio oportunista de que isso pode ser conveniente para nós.

O Guru não é um mortal equivocado cujas atividades podem ser compreendidas pela razão falível da humanidade não reabilitada. Existe uma linha de demarcação que jamais pode ser ultrapassada entre o Salvador e o salvado. Somente aqueles que são realmente salvos podem conhecer isso. Thakur Bhaktivinod pertence à categoria dos mestres espirituais mundiais que ocupam eternamente uma posição superior.

O atual Editor tem sentido o tempo todo ser seu dever supremo tentar esclarecer o significado da vida e dos ensinamentos de Thakur Bhaktivinod pelo método do ouvir submisso do Som Transcendental dos lábios do devoto puro. O Guru que realiza o significado transcendental de todos os sons encontra-se numa posição de poder servir ao Absoluto sob a direção do Absoluto transmitida através de cada som. O Som Transcendental é o Supremo, o som mundano não é o Supremo. Todo som tem essas aptidões opostas. Todo som revela sua face Divina aos devotos e somente apresenta seu aspecto ilusório ao empiricista pedante. O devoto fala aparentemente o mesmo idioma que o empiricista pedante e iludido que decorou o vocabulário das escrituras. Mas, não obstante a aparente semelhança no desempenho, um não tem acesso à realidade, enquanto que o outro está absolutamente livre de toda ilusão.

Aqueles que repetem os ensinamentos de Thakur Bhaktivinod de memória não necessariamente compreendem o significado das palavras que repetem mecanicamente. Aqueles que podem passar na prova empírica de seus escritos não são necessariamente almas auto-realizadas. Pode ser que desconheçam completamente o verdadeiro significado das palavras que aprenderam pelo método do estudo empírico. Tomemos por exemplo o nome "Krishna". Todo leitor da obra de Thakur Bhaktivinod deve estar consciente de que o Nome Se manifesta nos lábios de Seus servos devotos ainda que Ele é inacessível aos sentidos mundanos. Uma coisa é passar na prova reproduzindo esta verdadeira conclusão dos ensinamentos de Thakur Bhaktivinod, e outra coisa bastante diferente é realizar a Natureza do Santo Nome de Krishna pelo processo transmitido pelas palavras.

Thakur Bhaktivinod não queria que nos dirigíssemos ao recitador mecânico de sons mundanos para obter acesso ao Nome Transcendental de Krishna. Tal pessoa pode estar plenamente equipada com todos os argumentos escritos explicando a natureza do Nome Divino. Mas, se ouvirmos todos esses argumentos de uma fonte morta, as palavras apenas aumentarão nossa ilusão. As mesmíssimas palavras vindo dos lábios do devoto terão um efeito diametralmente oposto. Nosso julgamento empírico jamais pode capturar a diferença entre os dois desempenhos. O devoto está sempre correto. O não-devoto, na forma do empirista pedante está sempre necessariamente errado. Num caso, a Verdade Substantiva e nada a não ser a Verdade Substantiva está sempre presente. No outro caso, é a hipótese aparente
ou desorientadora e nada a não ser a inverdade que está presente. O palavreado pode ter uma mesma aparência externa em ambos os casos. Os versos idênticos das Escrituras podem ser recitados pelo devoto e pelo não-devoto, mas os valores correspondentes dos dois processos permanecem categoricamente diferentes. O devoto está certo até mesmo quando aparentemente cita errado, e o não-devoto está errado mesmo que cite corretamente cada palavra, capítulo e verso das escrituras.

O conhecimento empírico não é o objeto da busca do devoto. Aqueles que lêem as escrituras para coletar sabedoria empírica estarão numa caça ao ganso selvagem. Não são poucas as pessoas facilmente enganadas por sua erudição escritural empírica. Essas pessoas crédulas contam com seus sub-crédulos admiradores. Mas a sociedade de tolos que se admiram mutuamente não escapa do infortúnio pelo peso de seu número devido a perseguirem deliberadamente o curso errado de acordo com as sugestões de nossos seres inferiores.

O que são as Escrituras? Nada mais do que o registro da Mensagem Divina feito pelos devotos puros e que aparece nos lábios dos devotos puros. A Mensagem transmitida pelos devotos é igual em todas as eras. As palavras dos devotos são sempre idênticas às das escrituras. Qualquer significado das escrituras que minimize a função do devoto que é o comunicador original da Mensagem Divina contradiz sua própria declaração ouvida. Aqueles que pensam que o idioma sânscrito em seu sentido lexicográfico é a linguagem da Divindade estão tão iludidos como aqueles que mantêm que a mensagem divina é comunicável através de qualquer outro dialeto falado. Todos os idiomas simultaneamente expressam e ocultam o Absoluto. A face mundana de todos os idiomas esconde a Verdade. A face transcendental de todo som expressa apenas o Absoluto. O devoto puro é que pronuncia a linguagem Transcendental. O Som Transcendental faz seu aparecimento nos lábios de Seu devoto puro. Este é o aparecimento direto e não ambíguo da Divindade. Nos lábios do não-devoto, o Absoluto sempre aparece em Seu aspecto ilusório. O Absoluto se revela no devoto puro em todas as circunstâncias. Se a alma condicionada estiver disposta a ouvir num espírito verdadeiramente submisso, a linguagem do devoto puro pode por si só impartir o conhecimento do Absoluto. Ao escolher emprestar seus ouvidos ao não-devoto, a alma condicionada considera erradamente que o ilusório é o aspecto real. Esta é a razão porque a alma condicionada é alertada a evitar a associação dos não-devotos.

Thakur Bhaktivinod é reconhecido por todos seus seguidores sinceros como possuindo os poderes acima mencionados de ser um devoto puro do Supremo. Suas palavras devem ser recebidas dos lábios de um devoto puro. Se essas palavras forem ouvidas dos lábios de um não-devoto, elas certamente transmitirão uma impressão falsa. Se suas palavras forem estudadas à luz da própria experiência, seu significado se recusará a revelar-se a tais leitores. Suas obras pertencem à categoria das eternas literaturas reveladas do mundo e, para sua compreensão correta, devem ser abordadas através de sua exposição pelo devoto puro. Se não se obtiver a ajuda do devoto puro, as obras de Thakur Bhaktivinod serão mal compreendidas de modo grosseiro por seus leitores. O leitor atento dessas obras descobrirá que está sendo direcionado sempre a atirar-se sob a misericórdia do devoto puro, se não quiser ficar injustificadamente auto-satisfeito pelos resultados ilusórios de seu método de estudo equivocado.

Somente a pessoa com quem o Acharya está satisfeito de transmitir o seu poder encontra-se na posição de ser capaz de transmitir a Mensagem Divina. Isso se constitui no princípio subjacente da linha de sucessão de professores espirituais. O Acharya assim autorizado não tem outro dever a não ser entregar intacta a mensagem recebida de seus predecessores. Não há diferença entre os pronunciamentos de um Acharya e do outro. Todos eles são mediuns perfeitos para o aparecimento da Divindade na Forma do Nome transcendental, Queé idêntico à Sua Forma, Qualidade, Atividade e Parafernália.

A Divindade é Conhecimento Absoluto. O Conhecimento Absoluto possui o carater da Unidade indivisível. Uma partícula de Conhecimento Absoluto é capaz de revelar toda a potência da Divindade. Aqueles que desejam compreender o conteúdo de volumes escritos pelo método aquisitivo em etapas, aplicável ao conhecimento enganador disponível para a mente no plano mundano, estão destinados a se auto-enganarem. Aqueles que são buscadores sinceros da Verdade são os únicos elegíveis a encontrá-lO, no –e através do– método apropriado de Sua busca.

Ouvir as palavras do devoto puro é absolutamente essencial para poder situar-se no rastro do Absoluto. A palavra falada do Absoluto é o Absoluto. É apenas o Absoluto que pode distribuir a Si Mesmo aos constituintes de Seu poder. O Absoluto aparece ao ouvido atento da alma condicionada na forma do Nome nos lábios do sadhu. Esta é a chave de toda a posição. As palavras de Thakur Bhaktivinod direcionam o pedante empírico a descartar seu método e inclinação equivocados no umbral da verdadeira busca pelo Absoluto. Se o pedante ainda escolher carregar seus erros para a Esfera da Verdade Absoluta, ele apenas marcha por um caminho secundário devido a seu estudo arrogante das escrituras. O método oferecido por Thakur Bhaktivinod é idêntico ao objeto de sua busca. O método não é realmente compreendido exceto pela graça do devoto puro. Os argumentos, na verdade, são esses. Mas eles podem apenas corroborar e nunca ser substitutos para a palavra que provém da fonte da Verdade, que não é outra a não ser o devoto puro de Krishna, o Absoluto Pessoal concreto.

O maior presente de Thakur Bhaktivinod ao mundo consiste nisto: que ele trouxe o aparecimento daqueles devotos puros que estão atualmente levando adiante o movimento da devoção pura aos Pés de Sri Krishna por seu serviço espiritual à Divindade o tempo todo. A pureza da alma somente é descritível analogamente por meio da fonte da linguagem mundana. Para a pureza Transcendental perfeita do devoto autêntico do Absoluto, o maior ideal da moralidade empírica não é melhor do que a mais grosseira malignidade. A própria palavra "moralidade" em si é o nome errado e malvado quando aplicado a qualquer qualidade da alma condicionada. A satisfação hipócrita com a atitude negativa é parte e parcela do princípio da densa imoralidade.

Aqueles que pretendem reconhecer a Missão Divina de Thakur Bhaktivinod sem aspirar pelo serviço incondicional àquelas almas puras que realmente seguem os ensinamentos do Thakur pelo método enfatizado pelas escrituras e explicado por Thakur Bhaktivinod de maneira tão eminentemente apropriada às exigências da mentalidade sofisticada da era atual, apenas enganam a si mesmos e a suas vítimas acordes por meio de suas profissões e desempenhos hipócritas. Tais pessoas não devem ser confundidas com os membros genuínos do grupo.

Thakur Bhaktivinod predisse a consumação da unificação religiosa do mundo pelo aparecimento da única Igreja Universal que porta a designação eterna de Brahma Sampradaya. Ele deu à humanidade a garantia abençoada de que todas as Igrejas teístas em breve se fundirão numa única e terrena comunidade espiritual pela graça do Supremo Senhor Sri Krishna Chaitanya. A comunidade espiritual não está circunscrita às condições do tempo, espaço, raça e nacionalidade. A humanidade tem estado ansiando por este evento divino distante por longas eras.

Thakur Bhaktivinod disponibilizou a concepção em sua forma espiritual praticável para o empiricista de mente aberta que está preparado para passar pelo processo de iluminação. A pedra chave do Arco foi assentada, o que concederá o abrigo necessário a toda animação desperta sob seus amplos braços envolventes. Aqueles que impensadamente permitiriam que seu orgulho vazio de raça, pseudo-conhecimento ou pseudo-virtude ficasse no caminho desta consumação há tanto esperada, terão de dar graças apenas a si mesmos por não terem sido aceitos na sociedade espiritual de todas as almas puras. Essas palavras plenas não precisam ser mal representadas pelas pessoas arrogantes que estão cheias da vaidade da ignorância empírica, como os pronunciamentos do sectarismo agressivo. Os pronunciamentos agressivos da Verdade concreta são a necessidade gritante atual de silenciar a propaganda agressiva de inverdades específicas que estão sendo difundidas por todo o mundo pelos prega-dores de invencionices empíricas para melhoramento do penoso lote de almas condicionadas. A propaganda empírica se reveste da linguagem da abstração negativa para iludir aqueles que estão envolvidos na busca egoísta de desfrute mundano.

Mas existe uma função positiva da alma pura que não deveria ser perversamente confundida com qualquer forma utilitária de atividade mundana. A humanidade precisa dessa função espiritual positiva, a qual é absolutamente ignorada pelos impersonalistas hipócritas. A função positiva da alma harmoniza as demandas de extremo egoísmo com aquelas de extrema auto-abnegação na sociedade das almas puras, mesmo neste mundo mundano. Em sua forma concreta e realizável, a função é perfeitamente inacessível à compreensão do empirista. Sua concepção imperfeita e desorientadora fica disponível apenas para a alma condicionada que estuda as escrituras sem ser auxiliada pela graça sem causa dos devotos puros do Supremo.


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Ensaio publicado pela primeira vez na revista The Harmonist, em dezembro de 1931, vol. XXIX, Nº 6  

Assumindo a Responsabilidade de Ser Guru




Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur
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Aceitamos a responsabilidade de dar as boas-vindas a esta carga grave. Enquanto o público aceitou um assento comum, somente a mim foi oferecido um assento imponente.

Está sendo dito a todos de fato: "Dêem uma olhada a um grande animal dos jardins do zoológico. Quanta arrogância! Tão tolo! Tão pecaminoso! Vocês já tinham visto tamanho bruto? Guirlandas de flores são postas em volta de seu pescoço! Quantas louvações! Quantos adjetivos hiperbólicos, bombásticos e prolongados! E com quanta complacência ele também está ouvindo o louvor de suas próprias realizações, e quão intensamente e com seus próprios ouvidos! É evidente que ele também está deleitado em sua mente! Não está ele agindo em plena violação aos ensinamentos de Mahaprabhu? Será que tamanho bruto, tão egoísta e insolente jamais pode vir a a ser resgatado de tanta brutalidade?"

Acontece que eu sou um dos maiores tolos. Ninguém me oferece bons conselhos devido à minha arrogância. Já que ninguém condescende a me instruir, apresentei meu caso diante do Próprio Mahaprabhu. Veio-me o pensamento de que deveria pôr-me sob os cuidados dEle e ver o que Ele me aconselharia a fazer. Então, Sri Chaitanya disse: "Quem quer que você encontre, instrua-o a respeito de Krishna. Por Minha ordem, como um Guru, liberte esta terra; Ao fazer isso, você não será obstruído pela corrente do mundo; você terá a Minha companhia novamente neste lugar."

Nesses versos encontra-se a explicação apropriada da aparente inconsistência exposta acima. Aquele cujo único ensinamento é a humildade maior que a de uma folha de grama disse: "Por Minha ordem, como um Guru, salve esta terra!" Nesse momento, o Próprio Mahaprabhu deu essa ordem. Sua ordem era: "Realize o dever do Guru, tal como Eu Mesmo faço. Também transmita essa ordem a quem quer que você encontre."

Chaitanyadeva diz: "Repita exatamente essas mesmas palavras: 'Por Minha ordem, seja um Guru e salve esta terra. Liberte as pessoas de sua tolice'."

Agora, quem ouvir estas palavras, naturalmente protestará com as mãos juntas em prece, dizendo: "Mas eu sou realmente um grande pecador; como posso ser um Guru? Você é o Próprio Supremo, o Mestre do mundo. Você pode ser Guru."

A isso Mahaprabhu responde: "Ao fazer isso, você não será obstruído pela corrente do mundo; você terá a Minha companhia novamente neste lugar. Não pratique a profissão de um Guru com o objetivo de prejudicar os outros através da malícia. Não adote o negócio de ser um Guru para submergir no pântano deste mundo. Mas, se puder, na verdade, seja Meu servo sincero e você será dotado com Meu poder —assim, você não precisa temer."

Eu não tenho medo. Meu Gurudeva ouviu isso de seu Gurudeva. E é por essa razão que meu Gurudeva aceitou até mesmo tamanho pecador como eu e me disse: "Por meu comando, seja Guru e salve esta terra". Somente aqueles que nunca ouviram essas palavras de Gaurasundar dizem: "Que bizarro ouvir nossa própria glorificação!"

Enquanto o Guru está instruindo seu discípulo a respeito do décimo primeiro canto do Srimad Bhagavatam, que tamanho pecado, em sua opinião, ele não estaria perpetrando! O que o Acharya deve fazer ao explicar o verso onde Krishna diz: "Acharya mam vijaniyat (Eu sou o Acharya, o Guru)? Nunca desrespeite o Acharya; jamais entretenha a ideia de que o Acharya é seu igual em qualquer sentido."

Essas são as palavras do Próprio Sri Krishna que beneficiam as almas jiva. Será que o Guru deve se remover, desertar de seu assento —do assento do Acharya— de onde deve explicar essas palavras?

Seu Gurudeva conferiu a ele essa função. Se ele não agir à altura de suas exigências, ele estará amaldiçoado à perdição devido à sua ofensa contra o Santo Nome na forma do desrespeito ao Guru. Ele tem de fazê-lo, apesar de que tal procedimento aparentemente o sujeita aacusações de egoísmo.

Quando o Guru transmite o mantra ao discípulo, será que ele não deveria ensiná-lo a adorar o Guru? Deveria dizer ao contrário que, "Bata com o sapato ou com o chicote no Guru?" O Guru nunca deve ser aviltado. O Guru é a morada de todos os deuses. Será que Gurudeva deve se abster de transmitir essas palavras a seu discípulo ao ler-lhe o Bhagavatam? "Somente àquele que possuiu devoção espiritual sincera pelo Gurudeva como a que é devida ao Próprio Krishna é que os mistérios sagrados serão manifestos." Será que o Gurudeva não deve dizer essas coisas a seus discípulos? "Athau gurupuja: a adoração do Guru tem precedente sobre todas as demais adorações."

O Guru deve ser servido tal como Krishna é servido. O Guru deve ser adorado de um modo particular. Será que o Guru deve desertar de seu assento sem dizer todas essas coisas ao discípulo? No ângulo, encontramos sempre o defeito na forma da ausência de plenitude, que se encontra na igualdade do nível de 180 graus ou de 360 graus. Mas na superfície plana, nos 360 graus, não existe tal defeito.

As pessoas comuns e tolas falham completamente ao tentar compreender que no estágio emancipado não existe possibilidade de defeito. Conforme o ditado: "Depois de começar a dançar, não há maisutilidade de cobrir-se com o véu".

Eu estou executando o dever do Guru, mas se eu pregar que ninguém deve gritar "Jaya" para mim, ou seja, se eu disser de modo indireto: "Cantem Jaya para mim", isso não seria nada menos do que duplicidade. Nosso Gurudeva não nos ensinou esse tipo de insinceridade. Mahaprabhu não ensinou essa insinceridade. Tenho de servir a Deus de modo franco, honesto.A palavra de Deus descendeu até Gurudeva; tenho que obedecê-la com toda sinceridade. Não desrespeitarei o Guru nas instâncias de qualquer sectarismo tolo ou malicioso, especialmente, quando meu Sri Gurudeva me orientou dizendo: "Por minha ordem, torne-se Guru e salve esta terra." Esta ordem foi pregada por meu Gurudeva. Meu Gurudeva, por seu turno, transmitiu-me essa ordem. Eu não serei culpado de qualquer insinceridade ao defender essa ordem. Nesse particular, não aceitarei o ideal do sectarismo ignorante, insincero e pseudo-ascético. Não aprenderei a insinceridade.

As pessoas de mentalidade mundana, os maliciosos, os pseudo-renuncianes, os egoístas não podem compreender como os devotos de Deus, rejeitando tudo deste mundo pelo comando de Deus, jamais, nem sequer por um segundo, se desviam do serviço a Deus nas vinte e quatro horas de seu dia.

É natural que pessoas sectárias e hipócritas, seitas pseudo Vaishnavas, seitas que nutrem internamente o anseio por fama mundana pensem: "Que vergonha que alguém fique ouvindo as glorificações de seus discípulos, ocupando o assento do Guru." Mas todo Vaishnava considera cada Vaishnavas como objeto de sua veneração.

Quando Haridas Thakur exibiu sua atitude humilde, Mahaprabhu disse: "Você é o maior do mundo, a jóia principal deste mundo. Concorde, e vamos comer juntos." Ele carregou em Seus braços o corpo de Thakur Haridas —que existe eternamente, que é autoconsciente e pleno de bem-aventurança espiritual.

Na comunidade dos seguidores de Sri Rupa, encontram-se plenamente presente as qualidades de não desejar qualquer respeito para si e de estar pronto a oferecer honras aos outros. Aqueles que detectam qualquer estranheza são como a coruja, cegos diante do brilho do sol. Eles cometem ofensas com tal conduta.

Se eu desobedeço à lei que descendeu até mim através da corrente de sucessão preceptorial, a ofensa devida à omissão de executar o comando do Guru me desligará dos pés de lótus de Sri Gurudeva. Se eu tiver que ser arrogante, rude, sofrer perdição eterna a fim de executar o comando do Guru Vaisnava, estou preparado a dar as boas-vindas a tal condenação eterna e até mesmo assinar um pacto nesse sentido. Não ouvirei as palavras de pessoas maliciosas em vez da ordem de Gurudeva. Dissiparei com coragem indomá-vel e convicção as correntes de pensamentos do resto do mundo, confiando na força derivada dos pés de lótus de Sri Gurudeva.

Eu confesso essa arrogância. Ao borrifar uma partícula do pólen dos pés de lótus de meu Preceptor, centenas de milhares de pessoas como vocês serão salvas. Não existe um tal tipo de conhecimento neste mundo, nenhum raciocínio lógico nos catorze mundos e em qualquer homem ou deus que possa pesar mais do que uma partícula solitária da poeira dos pés de lótus de meu Gurudeva. Gurudeva, em quem eu tenho confiança implícita, jamais pode me magoar. Não estou preparado de modo algum para dar ouvidos às palavras de qualquer pessoa que deseje ferir-me ou para aceitar tal pessoa maliciosa como meu preceptor

100 Advertências Contra os Humores Mundanos (Prakrita-rasa-sata-dustani)



Srila Bhaktisiddhanta Saraswati
Thakur Prabhupada
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sri sri guru-gauranga-gandharvika- giridharebhyo namah
jagate uchchatara srenir manava-ganer madhye para laukika
visvasa rajye bharmana koribar tinati patha ache, taha
karma, jnano o bhakti name prasiddha baddha dasaya jiver
anitya bhoga maya phala praptir anusthanake karma margo,
nasvarata tyagakoriya pradesika anitya phala tyaga koriya
nirbheda brahmanusandhanake jñana marga evam karma
jñanatita prakrtir atita sevya vastu krsner anukula
anusilana ke bhakti marga bole
bhakti marge sadhana o sadhya bhede sadhana bhava o
prema bhaktir adhisthana rtaya dekhite paoya jay sadhya
bhava samuha o premake sadhana jatiya anusilana jnana
korile je utpata upasthite hoy, sei asuvidhar hasta hoite
unmukta haoyar nama anartha nivritti sri gauranga sundarer
apurva parama chamatkara mayi lila o sei lilar parikara
gosvami ganer anusthandai ei prabandher akara sthana


"Entre as pessoas de classe superior na sociedade, há três caminhos para viajar pelo reino das várias crenças no que se refere à transcendência conhecidos como os caminhos do karma (desempenho de atividade fruitiva material), jñana (cultivo do conhecimento transcendental), e bhakti (serviço devocional rendido puramente). Primeiro, o caminho do karma-marga envolve os arranjos para se obter benefícios mundanos temporários, a serem desfrutados pelas almas atrapadas no cativeiro da plataforma de vida condicionada materialmente. Segundo, o jñana-marga envolve a renúncia às coisas materiais impermanentes bem como às distrações impermanentes relacionadas a interesses patrióticos e similares. A pessoa então procura pela realidade impessoal não-diferenciada do brahman impessoal. E o terceiro caminho envolve a atividade positiva que é transcendental a karma, a jñana e a toda matéria– trata-se do caminho do cultivo das atividades que são favoráveis para servir ao objeto mais valioso do serviço, Sri Krishna. Este caminho recebe o nome de bhakti-marga, o caminho da devoção pura."Vemos que existem três diferentes estágios de desenvolvimento partindo do sadhana (a prática devocional) até sadhya (a meta de tal adoração). Esses são, em primeiro lugar, o próprio sadhana, em seguida vem o despertar de bhava (a emoção estática) e finalmente prema-bhakti (o serviço amoroso devocional eterno executado em amor puro). Ao cultivar os aspectos do conhecimento relacionados à meta da adoração, bem como as variedades de emoções e métodos estáticos do serviço amoroso puro, invariavelmente surgem problemas. O processo por meio do qual esses impedimentos indesejáveis são removidos é chamado de anartha-nivritti. Esses conceitos foram expressos nos passatempos estarrecedores de Sri Gauranga-Sundara bem como nas opiniões estabelecidas pelos Gosvamis, os associados eternos do Senhor nesses passatempos."

prakrita chestate bhai kabhu rasa haya na
jadiya prkrta rasa suddha bhakta gaya na

"Ó irmãos! Nenhum esforço material pode jamais produzir o despertar de rasa, os verdadeiros humores transcendentais. O devoto puro do Senhor jamais canta as glórias de qualquer humor mundano que nasce domundo feito de matéria morta."

prakrita rasera siksa bhiksa sisye chaya na
rati bina jei rasa taha guru deya na

"Os verdadeiros discípulos jamais desejam pedir instruções a respeito dos humores materiais a seu mestre espiritual. O mestre espiritual genuíno jamais transmite a seus discípulos tais humores materiais, desprovidos de rati, o apego transcendental pelo Senhor."

nama rasa dui vastu bhakta kabhu jane
nanama rase bheda ache, bhakta kabhu bole na

"O verdadeiro devoto do Senhor jamais percebe diferença entre o Santo Nome de Krishna e os humores transcendentais. Portanto, o devoto jamais diz que há diferença entre o Santo Nome e os humores da devoção."

aham mama bhava sattve nama kabhu hay na
bhoga buddhi na chakile aprakrta haya na

"O Santo Nome nunca se revela àquele que está situado no conceito corporal de vida e que pensa em termos de "eu" e "meu". Se a pessoa não rejeita a mentalidade desfrutadora, jamais atingirá a plataforma transcendental."

prakrta jadera bhoge krsna seva haya na
jada vastu kona o kale aprakrta haya na

"O serviço devocional ao Senhor Krishna jamais pode ser realizado pela pessoa que se ocupa no desfrute mundano dos objetos dos sentidos materiais As coisas materiais jamais podem adquirir atributos transcendentais num momento dado."

jada satta vartamane chit kabhu hay na
jada vastu chit haya bhaket kabhu bole na

"A consciência transcendental do mundo espiritual nunca se manifesta na condição mundana e material. O devoto do Senhor jamais declara que qualquer objeto mundano deste mundo é consciente espiritualmente."

jadiya visaya ghoga bhakta kabhu kore na
jada bhoga krsna seva kabhu sama haya na

"O verdadeiro devoto jamais se envolve em atividades de gratificação dos sentidos materiais. O desfrute material e o serviço devocional a Krishna jamais se igual em qualquer circunstância."

nija bhogya kame bhakta prema kabhu bole na
rase dagamaga acho sisye guru bole na

"O desfrute egoísta de nossos próprios sentidos na luxúria mundana jamais pode ser chamado de prema (amor pelo Supremo) por um devoto genuíno. Um mestre espiritual autêntico jamais diz a seu discípulo que ele está absorto nos humores do rasa divino.'""O genuíno mestre espiritual jamais declara que, 'Eu estou absorto nos humores do rasa divino.' O Guru jamais fala ociosamente com seus discípulos sobre assuntos que dizem respeito a humores grosseiramente mundanos."

jada rasa kabhu sreyah keha labhe na
krsnake prakrta boli bhakta gaya na

"Ao cantar as glórias dos relacionamentos mundanos que nascem de humores mundanos, ninguém jamais obteve benefício em sua vida espiritual. O devoto genuíno jamais proclama que as encarnações do Senhor Krishna são mundanas."

namake prakrita boli krsne jada jane na
krsna nama rase bheda suddha bhakta mane na

"O devoto jamais afirma que o santo Nome de Krishna é material, pois Krishna não pode ser conhecido por meio da matéria. O devoto puro do Senhor jamais percebe qualquer diferença entre o Santo Nome de Krishna e o próprio rasa puro."

name rase bheda ache guru siksa deya na
rasa labha kori sese sadhana to haya na

"O autêntico mestre espiritual jamais ensina que existe uma diferença entre o Santo Nome de Krishna e rasa. Mesmo depois de se alcançar o verdadeiro rasa, os princípios reguladores do serviço devocional nunca são concluídos."

dritrima panthaya name rasodaya haya na
rasa hoite krsna nama vilomete haya na

"Ao empregar meios pretensiosos, ninguém pode jamais fazer com que apareçam nos Santos Nomes os humores transcendentais. A concepção retrógrada de que o Nome de Krishna provém de rasa jamais pode ser verdadeira."

rasa hoite rati sraddha kakhana i haya na
sraddha hoite rati chada bhagavata gaya na

"Rasa, o humor devocional, jamais pode estar presente primeiro para então desenvolver-se como rati, o apego transcendental, ou como sraddha, a fé apropriada. O Srimad-Bhagavatam (ou o devoto realizado) jamais proclama qualquer opinião que não seja a de que rati se desenvolve de sraddha."

rati yukta chada suddha bhakta bole na
sadhanete tari rasa guru kabhu bole na

"O devoto puro de Krishna jamais fala de qualquer outra coisa que não seja de rasa, os humores transcendentais, que esteja dotado de rati, o apego amoroso. O Guru nunca declara que rati e rasa estão presentes na prática da devoção preliminar (sadhana bhakti)."

bhava kale je avastha sadhanagre bole na
vaidhi sraddha sadhanete raganuga haya na

"É dito que o despertar dos êxtases de emoções transcendentais (bhava-bhakti) jamais ocorrem antes de se praticar o serviço devocional regulado (sadhana-bhakti). A prática da devoção regulada com fé limitada a tais regulamentos primários (vaidhi-sraddha) nunca pode fazer surgir o serviço devocional espontâneo (raganuga-bhakti)."

bhavera ankura ho le vidhi ara thake na
raganuga sraddha matre jata rati haya na

"Quando bhava, o humor estático do amor divino brota de fato, então a necessidade de seguir as regras escriturais (vidhi) não mais permanece. Entretanto, a mera fé no serviço devocional espontâneo não produz o real despertar do apego amoroso transcendental (rati)."

ajata ratite kabhu bhava labdha bole na
raganuga sadhakere jata bhava bole na

"Enquanto o apego transcendental não despertou no coração, nunca é dito que o devoto atingiu o estágio de bhava estático. Os seguidores da devoção espontânea (raganugas) jamais dizem aos estudantes neófitos da devoção (sadhakas) que experimentaram o despertar de bhava."

raganuga sadhakera labdha rasa bole na
raganuga sadhya bhava rati chada haya na

"Os devotos genuínos situados no nível do serviço devocional espontâneo jamais dizem que estudantes neófitos da devoção alcançaram rasa. As emoções puras características da meta da devoção espontânea jamais são alcançadas sem primeiro experimentar o desenvolvimento progressivo e correto do apego espiritual (rati)."

bhavankura samagame vaidhi bhakti thake na
ruchike ratira saha kabhu eka jane na

"Somente quando a semente da emoção divina intensa faz brotar o bhava puro, então não há mais qualquer necessidade de aderir às regras e regulamentos escriturais (vaidhi bhakti). A pessoa jamais deveria considerar ruchi (o sabor do serviço devocional) como sendo igual a rati (o apego amoroso e transcendental pelo serviço devocional)."

raganuga boile i prapta rasa jane na
vidhi sodhya jane jabhu raganuga bole na

"O rasa divino jamais pode ser de fato obtido meramente por falar a respeito da devoção espontânea (declarando "Eu sou um raganuga-bhakta"). Um estudante principiante que ainda deve ser mais purificado seguindo as injunções escriturais jamais deve ser considerado como situado no nível de poder executar o serviço amoroso espontâneo ao Senhor."

sadhanera purve keha bhavankura paya na
jade sraddha na chadile rati kabhu haya na

"Ninguém pode jamais experimentar o brotar das emoções estáticas puras sem primeiro seguir as injunções reguladoras das escrituras. Aquele que não abandona a fé materialista jamais pode atingir o apego espiritual em serviço devocional."

jata bhava na hiole rasika to haya na
jada bhava na chakile rasika to haya na

"Se as emoções divinas ainda não despertaram, não existe possibilidade de a pessoa se converter em um rasika, um verdadeiro desfrutador dos humores devocionais. Se as emoções materialistas não forem totalmente rejeitadas, a pessoa jamais pode vir a se tornar um verdadeiro rasika."

mula dhana rasa labha rati vina na
gache na uthite, kandi chrdsa mule paya na

"Sem primeiro desenvolver apego puro (rati), jamais será possível obter os humores devocionais (a maior riqueza). Sem primeiro galgar os galhos da árvore , seus frutos não podem ser alcançados."

dadhane anartha ache rasodaya haya na
bhava kale nama gane chala rasa haya na

"Se a pessoa ainda tem impedimentos materiais indesejados (anarthas) presentes em sua execução de serviço devocional (sadhana), então o rasa jamais pode ser verdadeiramente desperto. Quando o Santo Nome do Senhor é cantado da plataforma das emoções estáticas puras (bhava), então o humor trapaceiro que nasce de humores devocionais pretensiosos jamais podem se apresentar."

siddhanta vihina hoile krsne chitta lage na
sambandha hinera kabhyu abhideya haya na

"Sem conhecimento da verdade transcendental (siddhanta), nenhum coração pode jamais ficar sintonizado espiritualmente com o Senhor Krishna. Se alguém não possui conhecimento de seu relacionamento com Krishna (sambandha), é impossível executar apropriadamente o serviço devocional em relação a Ele (abidheya)."

sambandha vihina jana prayojana paya na
ku siddhante vyasta jana krsna seva kore na

"A pessoa que não possui conhecimento do sambandha, o relacionamento entre Krishna e as entidades vivas, jamais pode alcançar o prayojana, a meta suprema da vida (a saber: o amor puro pelo Supremo, Krishna-prema). A pessoa que é distraída por conclusões filosóficas falsas a respeito do serviço devocional (kusiddhanta) não está realizando verdadeiro serviço devocional a Sri Krishna."

siddhanta alasa jana anartha to chade na
jade krsna bhrama kori krsna seva kore na

"A pessoa que é preguiçosa para compreender apropriadamente as conclusões da filosofia Vaishnava jamais poderá livrar-se dos anarthas, os maus hábitos indesejados e os equívocos filosóficos que impedem o serviço devocional. A pessoa que se equivoca considerando Krishna como pertencente ao plano material jamais pode render serviço real ao Senhor."

anartha na gele name guna bujha jaya na
anartha na gele name drsna seva haya na

"Enquanto permanecerem os anarthas, então o cantar dos Santos Nomes jamais produzirá uma compreensão das qualidades transcendentais do Senhor. Enquanto permanecerem os anarthas, então o cantar dos Santos Nomes jamais ocupará de fato a pessoa no serviço a Krishna."

rupa guna lila sphurti nama chada haya na
rupa guna lila hoite krsna nama hay na

"As revelações da forma, qualidades e passatempos transcendentais do Senhor nunca se manifestam na ausência de Seu Santo Nome. O Santo Nome de Krishna jamais está separado de Sua forma, qualidades ou passatempos transcendentais."

rupa hoite nama sphurti guru kabhu bole na
guna hoite nama sphurti guru kabhu bole na

"O verdadeiro mestre espiritual jamais afirma que a revelação do Santo Nome do Senhor está separada de Sua forma. O mestre espiritual genuíno nunca declara que a revelação do Santo Nome do Senhor está separada de Suas qualidades."

lila hoite nama sphurti rupanuga bole na
nama nami dui vastu rupanuga bole na

"Os verdadeiros seguidores de Srila Rupa Goswami (rupanugas) jamais declaram que a revelação do Santo Nome do Senhor está separada de Seus passatempos. Os rupanugas nunca ensinam que o Santo Nome de Krishna e o Próprio Krishna são coisas separadas."

rasa age rati pache rupanuga bole na
rasa age sraddha pache guru kabhu bole na

"Os verdadeiros seguidores de Srila Rupa Goswami jamais dizem que o estágio de realização dos humores transcendentais (rasa) precede o desenvolvimento do apego amoroso devocional (rati). O mestre espiritual autêntico jamais professará que a realização de tais humores precede o desenvolvimento da fé pura (sraddha)."

rati age sraddha pache rupanuga bole na
krama patha chadi siddhi rupanuga bole na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais pregam que o apego transcendental é alcançado antes que a pessoa desenvolva fé pura. Os rupanugas jamais ensinam que a perfeição devocional (siddhi) pode ser alcançada abandonando-se a ordem de desenvolvimento consecutivo no caminho."

mahajana patha chadi navya pathe dhaya na
aparadha saha nama kakhana i haya na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais abandonam o caminho dos grandes devotos (mahajanas) para correr atrás de um "novo" caminho. A pessoa que comete ofensas jamais pode realizar os Santos Nomes de Krishna em momento algum."

name prakritartha buddhi bhakta kabhu haya na
aparadha yukta nama bhakta kabhu laya na

"Os devotos do Senhor jamais interpretam o Santo Nome com qualquer concepção mundana e materialista. O devoto nunca canta o Santo Nome do Senhor de modo ofensivo."

namete prakrta buddhi rupanuga kore na
krsna rupe jada buddhi rupanuga kore na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais atribuem qualidades materiais ao Santo Nome através do uso de sua inteligência mundana. Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais consideram a forma transcendental do Senhor como sendo material, pois eles não possuem uma mentalidade materialista."

krsna gune jada buddhi rupanuga kore na
parikara vaisistyake prakrta to jane na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais analisam as qualidades do Senhor Supremo com a inteligência material. Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais consideram as características e a parafernália dos associados do Senhor como sendo mundanas."

krsna lila jada tulya rupanuga bole na
drsnetara bhogya vastu krsna kabhu haya na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais igualam os passatempos transcendentais do Senhor a atividades materialistas. O Senhor Krishna jamais se torna um mero objeto de prazer sensorial, o que é inferior em qualidade a Ele Mesmo."

jadake anartha chada ara kichu mane na
jadasakti base rasa krsna jnana kore na

"A pessoa nunca deveria chegar a uma conclusão que difira do seguinte: Tudo que é feito de matéria é um anartha e deve ser rejeitado e jamais se pode obter o conhecimento transcendental do Senhor Krishna através de quaisquer humores que estejam controlados por apego à matéria."

krsna nama krsna rupa kabhu jada bole na
krsna guna krsna lila kabhu jada bole na

"A pessoa jamais deveria dizer que os santos nomes ou a forma transcendental de Krishna são mundanos. A pessoa jamais deveria dizer que as qualidades divinas de Krishna ou Seus passatempos sublimes são mundanos."

jada rupa anarthete krsna bhrama kore na
krsna nama rupa gune jada buddhi kore na

"A pessoa jamais deveria ficar confundida pelos anarthas de corpos materiais e se equivocar considerando que a forma do Senhor Krishna é também um corpo material. A pessoa jamais deveria tentar analisar com sua inteligência material os nomes, formas e qualidades divinos do Senhor."

nama rupa guna lila jada boli mane na
jada nama rupa gune krsna kabhu bole na

"Jamais se deve considerar qualquer dos nomes, formas, qualidades e passatempos de Krishna como sendo mundanos. Do mesmo modo, nunca se deveria declarar que quaisquer nomes, formas ou qualidades materiais poderiam pertencer a Krishna."

jada sunya aprakrita nama chada bole na
jada sunya aprakrita rupa chada dekhe na

"A não ser pelos Nomes transcendentais puros de Krishna, e que estão completamente livres de todo contato material, nada mais deve ser pronunciado. Além das formas transcendentais puras de Krishna, que estão completamente livres de todo contato material, nada mais deveria ser contemplado."

jada sunya aprakrta guna chada sune na
jada sunya aprakrta lila chada seve na

"Não se deveria ouvir a respeito de nada além das qualidades transcendentais e puras de Krishna, que estão completamente livres de todo contato material. Nada mais deve ser servido a não ser os passatempos transcendentais puros de Krishna, que estão completamente livres de todo contato material."

anartha thakara kale jada rupe maje na
anartha thakara kale jada gune mise na

"Enquanto ainda contaminada com anarthas –os maus hábitos e equívocos filosóficos que impedem a devoção–, a pessoa nunca deve ficar encantada por formas mundanas. Enquanto permanecem esses impedimentos, a pessoa nunca deve misturar (seu serviço devocional) com a impureza das qualidades materiais."

anartha thakara kale jada lila bhoge na
anartha thakara kale suddha nama chade na

"Enquanto ainda estiver contaminada com , a pessoa jamais deve tentar desfrutar de passatempos materialistas. Enquanto permanecerem esses impedimentos, a pessoa nunca deve abandonar a tentativa de cantar puramente os Santos Nomes de Krishna."

anartha thakara kale rasa gana kore na
anartha thakara kale siddhi labdha bole na

"Enquanto ainda estiver contaminada com anarthas, a pessoa nunca deve cantar canções a respeito dos passatempos confidenciais. Depois que tais impedimentos são purificados (anartha-nivritti), a pessoa jamais fala a respeito dos Santos Nomes de Krishna como se fossem uma vibração sonora mundana."

anartha nivritte kale rupe jada dekhe na
anartha nivritte kale gune jada bujhe na

"Depois de remover os anarthas, os atributos materiais não mais são vistos nas formas transcendentais de Krishna. Depois de remover tais impedimentos, os atributos materiais não mais são percebidos em Suas qualidades puras."

anartha nivritte kale jada lila seve na
rupanuga guru deva sisya himsa kore na

"Depois que os impedimentos indesejáveis são removidos, a pessoa jamais serve a passatempos mundanos. Os verdadeiros mestres espirituais na linha de Srila Rupa Goswami, que são conhecidos como rupanuga gurudevas, jamais abusam de seus próprios discípulos de modo algum."

guru tyalji jade asa kabhyu bhakta kore na
mahajana pathe dosa kabhu guru deya na

"O verdadeiro discípulo jamais rejeita o mestre espiritual devido a seus próprios desejos por desfrute material. O mestre espiritual genuíno jamais encontra falhas no caminho devocional dos grandes devotos (mahajanas)."

guru mahajana vakye bheda kabhu haya na
sadhanera pathe kanta sad guru deya na

"Jamais pode haver qualquer diferença entre as explicações de um mestre espiritual genuíno e os ensinamentos dos grandes devotos (mahajanas). O mestre espiritual puro jamais cria protetores espinhentos no caminho de nossa execução do serviço devocional na prática (sadhana)."

adikara avichara rupanuga kore na
anartha anvita dase rasa siksa deya na

"Os seguidores de Srila Rupa Goswami jamais negligenciam a avaliação das qualificações espirituais de qualquer um. Os seguidores de Srila Rupa Goswami nunca instruem um servo que está absorto nos impedimentos materiais a respeito da ciência dos humores devocionais íntimos."

bhagavata padya bole ku vyakhya to kore na
loka samgragera tare krama patha chade na

"Os verdadeiros devotos do Senhor nunca recitam versos do Srimad-Bhagavatam oferecendo interpretações falsas. Os verdadeiros devotos nunca abandonam as práticas sistemáticas corretas do serviço devocional com o objetivo de atrair grande número de seguidores."

na uthiya vrksopari phala dhari tane na
rupanuga krama patha vilopa to kare na

"A pessoa nunca deveria subir numa árvore, e colher à força os frutos verdes. Do mesmo modo, os seguidores de Srila Rupa Goswami nunca abolem o processo sistemático inicial do serviço devocional."

anarthake artha boli ku pathete laya na
prakrita sahaja mata aprakrita bole na

"A pessoa nunca deveria equivocadamente considerar os obstáculos materiais como sendo 'úteis para o serviço devocional', desse modo seguindo o caminho errado. A pessoa nunca deveria afirmar que as opiniões mundanas dos prakrita-sahajiyas (impostores materialistas baratos) são aprakrita (transcendentais)."

anartha na gele sisya jata rati bole na
anartha visita sisye rasa tattva bole na

"O discípulo nunca é considerado como tendo desenvolvido o profundo apego devocional (rati) enquanto que os impedimentos (anarthas) não forem removidos. Nunca deve ser ensinada a ciência dos humores devocionais íntimos (rasa-tattva) a um discípulo que ainda esteja contaminado com tais impedimentos."

asakta komala sraddhe rasa katha bole na
anadhikarire rase adhikara deya na

"Um devoto jamais deveria falar sobre os tópicos dos humores devocionais para alguém que tem uma fé fraca e maleável. Um devoto jamais deve tentar conceder a qualificação para rasa a alguém que seja desqualificado para recebê-la."

vaidha bhakta jane kaabhu raganuga jane na
komala sraddhake kabhu rasika to jane na

"Devotos que ainda se encontram na plataforma de seguir as injunções escriturais regulativas (vaidha-bhaktas) ainda não podem compreender nada a respeito do estágio exaltado dos raganugas, os praticantes do serviço devocional espontâneo. Aqueles que possuem uma fé frágil não podem compreender a esfera dos rasikas, aqueles que estão relacionados aos humores transcendentais puros."

svalpa sraddha jane kabhu jata rati mane na
svalpa sraddha jane rasa upadesa kore na

"Aqueles que possuem pouca fé jamais são reconhecidos como sendo altamente desenvolvidos em seu apego amoroso devocional. Aqueles que possuem pouca fé nunca são instruídos sobre os tópicos que se relacionam aos humores transcendentais."

jata rati prauda sraddha sanga tyaga kore na
komala sraddhere kabhu rasa diya seve na

"Quando o apego espiritual (rati) se manifesta, a pessoa nunca abandona a companhia daqueles que estão dotados de uma fé avançada. Se devotos imaturos dotados de uma fé amoldável forem apresentados a um humor devocional, nunca serão capazes de servi-lo apropriadamente."

krsnare sevana lagi jada rase mise na
rasodaya kona jive sisya bhddhi kore na

"A pessoa nunca deveria misturar suas atividades com os humores contaminados materialistas com o objetivo de servir a Krishna. Depois que rasa despertou de fato, a pessoa nunca indulge na mentalidade de considerar qualquer outra alma como discípulo."

rasika bhakata raja kabhu sisya kore na
rasika janera sisya ei bhava chade na

"O devoto mais elevado, que é como um rei entre os rasikas peritos em saborear os humores devocionais, nunca pensa que tem discípulos. O estudante de um tal rasika, contudo, nunca abandona o humor de ser o discípulo deste devoto exaltado."

saddhana chadile bhava udaya to haya na
raganuga janile i dadhana to chade na

"Se as práticas preliminares do serviço devocional (sadhana) forem negligenciadas, então o despertar das emoções estáticas (bhava) jamais pode acontecer. Mesmo quem atingiu a realização do serviço devocional espontâneo (raganuga-bhakti) nunca deve abandonar a prática dos princípios regulativos do serviço devocional."

bhava na hoile kabhu rasodaya haya na
age rasodaya pare ratyudaya haya na

"Sem antes experimentar bhava, nunca podem surgir as emoções estáticas do amor divino, rasa. A realização de rasa nunca ocorre antes do desenvolvimento de rati, o apego espiritual."

age ratyudaya pare sraddhodaya haya na
rasabhista labhi pare sadhana to haya na

"A pessoa nunca deve pensar que rati desperta primeiro, e que sraddha se desenvolve depois. Nem deveria pensar que depois de atingir o estado de estar profundamente embebido em rasa, esvai-se a necessidade de praticar o sadhana."

samafrira amilane sthayi bhava haya na
sthayi bhava vyatireke rase sthiti haya na

"Na ausência dos elementos constituintes necessários do processo de bhakti (tais como anartha-nivritti, nistha, ruchi, etc.), a pessoa nunca pode ficar fixa em seu próprio e eterno sthayi-bhava (um dos cinco principais humores). Na falta de sthayi-bhava e de seus elementos necessários, a pessoa nunca se situa em seu rasa eterno."

bhoge nama jade sradha chit prakasa kore na
name sradha na hoile jada bhddhi chade na

"Aqueles cujas mentes estão absortas no espírito de desfrutar da matéria, e que têm uma fé materialista, jamais podem experimentar a revelação da pura consciência espiritual. Sem fé absoluta nos Santos Nomes do Senhor, não se pode descartar a mentalidade mundana."

jada buddhi na chakile nama krpa kore na
nama krpa na korile lila suna jaya na

"Aquele que reluta em abandonar sua mentalidade materialista jamais receberá a misericórdia do puro Santo Nome do Senhor Krishna. Sem primeiro receber a misericórdia do Santo Nome, a pessoa nunca deve ouvir as recitações a respeito dos passatempos confidenciais
de Krishna."

namake janile jada kama dura haya na
rupake janile jada kama dura haya na

"A pessoa que pensa que o Santo Nome de Krishna é mundano jamais pode se livrar da luxúria. A pessoa que pensa que a forma transcendental de Krishna é mundana jamais pode se livrar da luxúria."

gunake bujhile jada kama dura haya na
lilake purile jada kama dura haya na

"A pessoa que pensa que as qualidades divinas de Krishna são mundanas jamais pode se livrar da luxúria. A pessoa que pensa que os passatempos eternos de Krishna são mundanos jamais pode se livrar da luxúria."

name jada vyavadhane rupodaya haya na
name jada vyavadhane gunodaya haya na
jada bhoga vyavadhane lilodaya haya na

"Enquanto a consciência estiver bloqueada por concepções materiais, a forma pura e transcendental de Krishna nunca pode ser realizada por meio do cantar dos Santos Nomes. Enquanto a consciência estiver bloqueada por concepções materiais, as qualidades puras e transcendentais de Krishna nunca podem ser realizadas pelo cantar do Santo Nome. Enquanto a consciência estiver bloqueada pelo desfrute de objetos materiais, então os passatempos transcendentais e puros de Krishna nunca podem ser realizados."

araradha vyavadhane rasa labha haya na
aparadha vyavadhane nama kabhu haya na

"Devido ao bloqueio causado pelas ofensas (aparadha), a pessoa nunca pode atingir o fluxo dos humores devocionais puros. Devido ao bloqueio causado pelas ofensas, a pessoa nunca pode experimentar o puro Santo Nome do Senhor."

vyavahita lila ganekama dura haya na
aparadha vyavadhane siddha deha paya na

"A pessoa que está coberta por ofensas pode cantar os passatempos do Senhor, mas isso nunca acabará com a luxúria que arde em seu coração. Devido ao bloqueio das ofensas, nunca será obtido o corpo espiritual (siddha-deha)."

sevopakarana karne na sunile haya na
jadopakarana dehe lila sona jaya na

"Se a pessoa não ouvir os detalhes apropriados da ciência devocional (por meio da sucessão discipular), então nunca poderá ser executado o serviço genuíno ao Senhor. A pessoa que está absorta nos vários ingredientes materiais que formam o conceito corpóreo de vida nunca será capaz de ouvir os passatempos transcendentais do Senhor."

sevaya unmukha hale jada katha haya na
natuva cin maya katha kabhu sruta haya na

"Quando a pessoa sente entusiasmo de render o serviço devocional puro constantemente, nunca existe qualquer possibilidade de ela se viciar em conversas para passar o tempo sobre tópicos relacionados ao mundo mundano. Por outro lado, se a pessoa não estiver assim entusiasmada por render serviço devocional puro e constantemente, então jamais deve ouvir os tópicos confidenciais a respeito do mundo espiritual oniconsciente."
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*Nada de intoxicação, sexo ilícito, jogos de azar e comer carne. 

Quem é um Discípulo Verdadeiro? por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura Prabhupada



nitya-lila pravistha om visnupada
Sri Srimad Bhakti Prajnana Kesava Gosvami Maharaja


Inspirado e sob a guia de
Sri Srimad Bhaktivedanta Narayana Gosvami Maharaja

Pergunta 1:
Quem pode entender os segredos de bhajana?

Resposta: Apenas um servo excepcionalmente íntimo (visrambha-sevaka) dos pés de lótus de Srila Gurudeva, que é o melhor dentre os ardentes seguidores na linha de Sri Svarupa Damodara e Srila Rupa Gosvami, podem penetrar nos mistérios de bhajana. Um servo íntimo é um devoto possuidor de guru-nistha, ou aquele que possui uma fé inabalável e amor pelos pés de lótus de Srila Gurudeva. O sruti, ou literatura Védica autorizada, declara:

yasya deve para bhaktir
yatha deve tatha gurau
tasyaite kathita hy arthah
prakasante mahatmanah
Svetasvatara Upanisad, 6.23

“A verdadeira importância das escrituras é revelada no coração daquelas grandes almas que têm bhakti inabalável por seu guru e pelo Senhor Supremo.”

Pergunta 2:
Como atingiremos força espiritual?

Resposta: Se servirmos Sri Gurudeva com ardente devoção e amor, profunda força espiritual entrará em nosso coração. Apenas através do serviço ao mestre espiritual e do santo nome pode-se obter bhakti-bala, a força da devoção.

Pergunta 3:
Quando agimos por dever, isso é considerado bhakti?

Resposta: Sentimentos de dever, débito e assim por diante, são funções da mente. Não são características ou a natureza constitucional da alma. A ação por obrigação opera no nível da mente, inteligência e falso ego, enquanto que bhakti funciona no nível da alma. Qualquer atividade que não seja executada por puro amor não é bhakti pura. Somente ações executadas com priti são bhakti pura. O dever é nada mais que uma regulação. A característica natural da alma é bhakti, e a característica natural da mente é agir por dever. Agir de acordo com a natureza da alma é a única maneira de assegurar nossa real riqueza.

Pergunta 4:
O que significa anyabhilasa?

Resposta: “Enquanto permanecer nesse mundo, simplesmente satisfarei meus próprios sentidos”. Tal desejo separado da vontade de agradar Krsna é anyabhilasa.

Pergunta 5:
Como podemos dissipar nossa falsa identidade de ser o agente da ação?

Resposta: Seja mais baixo que uma folha de grama – em outras palavras, identifique-se como um servo do Senhor Supremo. Então a concepção de ser o agente da ação não existirá de forma nenhuma. Nesse momento, pode-se cantar o santo nome de Krsna com bem-aventurança.

Pergunta 6:
Quando a entidade viva atinge sua riqueza última?

Resposta: A realidade absoluta se torna acessível a nós apenas quando tomamos abrigo aos pés de lótus do mestre espiritual, e quando, rendendo-nos completamente a ele, fazemos serviço a Krsna com nossa vida e alma.

Pergunta 7:
Krsna ouve as preces de quem?

Resposta: “Ó Krsna, não desejo nada de Você para minha própria felicidade. Respeitosamente concordo completamente com o que quer que Você deseje. Se isso significar que eu tenha que sofrer, então esse sofrimento será meu prazer. Você é a corporificação da auspiciosidade, e portanto não há nada inauspicioso em Seus arranjos.” Se um servo possui esse tipo de fé sincera, Krsna aceitará suas preces; de outro modo, Ele não aceitará.

* * *

Pergunta 8:
Quem é um discípulo verdadeiro?

Resposta: Só é um discípulo verdadeiro aquele que é capaz de render-se completamente aos pés de lótus de Sri Gurudeva, sobre o qual o Senhor Supremo Sri Krsna conferiu a total responsabilidade por seu bem-estar.

“É responsabilidade minha submissamente aceitar quaisquer arranjos que Sri Gurudeva faça para meu bem-estar.” Essa é a atitude verdadeira de um discípulo real. Sem isso, inauspiciosidade é inevitável. Discípulos reais são aqueles que constantemente servem o Senhor Supremo sob a direção do mestre esiritual, sem tornarem-se desfrutadores - ou seja, sem tentar usar seus sentidos para desfrutar dos objetos dos sensoriais.

Tudo nesse mundo é um instrumento para servir Sri Guru; tudo é para o serviço a Krsna. Se alguém desejar desfrutar desses instrumentos de serviço a Sri Guru, nunca atingirá qualquer auspiciosidade. Se não pudermos perceber o guru em tudo, então a inauspiciosidade será inevitável para nós.* Um verdadeiro discípulo realiza isso no fundo de seu coração e executa serviço ininterrupto ao mestre espiritual e a Krsna como o único objetivo de sua vida.

* Um discípulo verdadeiro não vê os objetos comuns desse mundo da mesma maneira que uma pessoa comum. Ele tem guru-darsana em tudo que faz e vê. Alguém que não tem guru-darsana vê a realidade mundava e olha para as coisas com humor de desfrute. Além disso, guru-darsana significa ver tudo como superior a si mesmo e como sendo útil para o serviço a Krsna.

Um discípulo verdadeiro constantemente tem guru-darsana, tanto internamente quando externamente. Embora ele se caracterize como pequeno e insignificante (laghu), sua visão é grandiosa e profunda, pois não vê nada para seu próprio desfrute.

Um discípulo sincero sempre tem perfeita consciência de que além de seu mestre espiritual, nada nesse mundo pertence a ele. O verdadeiro discípulo está sempre situado em sua identidade como um servo do mestre espiritual (guru-dasa), o qual ele considera como sendo não diferente do Senhor Supremo. Ele mantém profunda fé e amor natural por ele.

Um verdadeiro discípulo considera o mestre espiritual como sendo o mais próximo de sua alma, e muito querido a Krsna, considera-o como o objeto de seu amor e afeição, seu mestre eterno, eternamente adorável e sua vida e alma. Um discipulo verdadeiro sabe que Sri Gurudeva é simultaneamente a epítome de bhakti e a corporificação do Senhor Supremo. Sri Gurudeva é mais querido a Sri Krsna que Sua propria vida, e é Sua não-diferente manifestação (prakasa-vigraha).

Nao há possibilidade de atingir serviço a Krsna sem se tornar servo dos pés de lótus Sri Gurudeva. Apenas aqueles que executam serviço a Sri Guru são verdadeiros Vaisnavas, ou verdadeiros discípulos. Além deles, todo o resto é ahamkara-vimudhatma, “emaranhado pelo falso ego” [veja Bhagavad-gita, 3.27]. Em palavras sinceras, eles querem se tornar desfrutadores.

Traduzido para o Inglês do
Srila Prabhupadera Upadesamrta.

Srila Prabhupadera Upadesamrta é uma compilação das instruções de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura Prabhupada na estrutura de perguntas e respostas.

Srila Prabhupada vandana

Srila Prabhupada vandana




Srila Prabhupada vandana
nama om visnu-padaya krsna-presthaya bhutale
srimate bhakti-siddhanta-sarasvatiti-namine
sri-varsabhanavi-devi-dayitaya krpabdhaye
krsna-sambandha-vijnana-dayine prabhave namah

Ofereço pranama a om visnupada Sri Srimad Bhaktisiddhanta Sarasvati Gosvami Thakura Prabhupada, que é muito querido por Krsna, e o mais amado de Sri Varsabhanavi-devi Radhika. Ele é um oceano de compaixão e misericordiosamente nos faz perceber nosso relacionamento eterno com Sri Radha e Krsna (sambandha-vijnana) e está bondosamente concedendo a realização (sambandha-vijnana) do nosso relacionamento eterno com Sri Radha e Krsna.

madhuryojjvala-premadhya-sri-rupanuga-bhaktida
sri-gaura-karuNa-sakti-vigrahaya namo ’stu te

Repetidas vezes ofereço reverências a Srila Sarasvati Thakura que é a personificação\ misericórdia encarnada de Sri Gauranga Mahaprabhu, tendo advindo a Terra para nos conceder ujjvala-madhurya-rasa, pleno prema conjugal. Ele é a personificação da linha de Sri Rupanuga-bhakti. (o qual descendeu à Terra para conceder ujjvala-madhurya-rasa, pleno prema conjugal) e que é a encarnação da linha de sri rupanuga-bhakti.

namas te gaura-vani-sri-murtaye dina-tarine
rupanuga-viruddhapasiddhanta-dhvanta-harine

Ofereço reverências a Srila Sarasvati Thakura, a personificação dos ensinamentos de Sri Gauranga Mahaprabhu (gaura-vani). Ele salva as almas caídas e dissipa a escuridão provocadas pelos conceitos errados (apasiddhanta), conceitos estes contrários (viruddha) aos preceitos transmitidos por Srila Rupa Gosvami, que surge das concepções errôneas (apasiddhanta) que são opostas (viruddha) aos preceitos enunciados por Srila Rupa Gosvami. 

Sri Nama-sankirtana por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura Prabhupada



No início do Srimad Bhagavatam, assim como no meio e no final desta mesma obra, a eficácia de sri nama-sankirtana nos é apontada repetidas vezes. O princípio de sri nama-bhajana (serviço amoroso ao santo nome) está profundamente estabelecido na raiz do membro da devoção denominado Mathura-vasa ou sri dhama-vasa - residir nos locais de passatempo de Sri Bhagavan – pois estes locais santos são freqüentemente visitados por sadhus que estão sempre ocupados em sri nama-sankirtana. Além disso, o princípio de se cantar o santo nome acompanha o serviço a sri murti, a Deidade transcendental, pois este serviço é conduzido com a entoação de mantras (encantamentos) que contêm os nomes de Sri Bhagavan. Assim, glorifica-se, acima de tudo, sri nama-kirtana e todo o sucesso é obtido através desta prática.

Há a seguinte afirmação no Sri Caitanya-caritamrita (Antya-lila 4.70):

bhajanera madhye srestha nava-vidha bhakti
‘krsna-prema’, ‘krsna’ dite dhare maha-sakti

Dentre todas as formas de bhajana (serviço amoroso a Sri Krsna) os nove membros de bhakti são os melhores, uma vez que possuem o enorme poder de conceder tanto Krsna-prema quanto Krsna.


O melhor dentre estes nove tipos de bhajana é, mais uma vez, nama-sankirtana. A pessoa que canta os santos nomes sem fazer ofensas espirituais (aparadhas) indubitavelmente obterá a riqueza do amor transcendente.”

No Bhakti-sandarbha (273) há a seguinte afirmação:

Na Kali-yuga, mesmo que haja outra forma de devoção que seja estabelecida como um dever, este dever deve ser realizado juntamente com o membro de bhakti conhecido como kirtana.


Nenhum outro tipo de processo de bhakti – tal como residir em Mathura, associação com personalidades santas, serviço a sri murti ou ouvir a mensagem do Srimad-Bhagavatam – é completo sem sri Krsna nama-kirtana. Somente aquele que dá importância a sri Krsna nama-kirtana sobre todas as coisas tem acesso ao fruto que ele concede.

No Sri Hari Bhakti Vilasa (11.137) é citado um verso de uma escritura antiga:

yena janma-sataih purvam vasudevah samarcitah
tan-mukhe hari-namani sada tisthanti bharata

Os santos nomes de Sri Hari estão sempre presentes nos lábios de uma pessoa que adora Sri Vasudeva Krsna apropriadamente por centenas de vidas.


Deste modo, dentre todas as práticas espirituais, sankirtana é o melhor e o mais elevado meio para se alcançar a graça do Supremo Senhor Sri Krsna. Outros tipos de sadhana, ou práticas devocionais, somente são válidas de serem consideradas sadhana se auxiliarem de forma favorável a prática de sankirtana, caso contrário, elas devem ser entendidas como obstáculos ao sadhana verdadeiro. Seja a pessoa uma criança, um idoso ou um jovem; seja homem ou mulher; seja um erudito ou um iletrado, seja rico ou pobre; seja belo ou feio; seja piedoso ou pecaminoso – a despeito da condição de vida em que pessoa se encontre – não há outra prática espiritual para ela que não sri Krsna nama-sankirtana.

Kirtana é chamado de sankirtana quando muitas pessoas o realizam conjuntamente. Mas será que será digno do nome sankirtana se algumas pessoas sem valor e sem nenhum ardor pelo serviço de Sri Bhagavan se reunirem para cantar em uníssono? Somente será o verdadeiro hari-sankirtana quando nos juntarmos ao sankirtana dos devotos verdadeiros que estão servindo a Sri Bhagavan de acordo com os princípios estabelecidos nos Vedas e nos outros sastras que corroboram com estes. Por outro lado, não pode ser considerado hari-sankirtana quando a prática do cantar é empreendida visando à prevenção de epidemias de cólera ou qualquer outra doença, à prosperidade no comércio, ao ganho ou a obter respeito e fama. Este kirtana é maya-kirtana – o cantar sob a jurisdição da potência ilusória.

Enquanto não nos unirmos ao Krsna-kirtana perfeito conduzido pelos devotos genuínos, maya irá nos iludir de diversas formas. E se participarmos do kirtana daqueles que estando cegos enganando a si mesmos e que não estão ansiosos pelo seu verdadeiro bem-estar, então, certamente, não alcançaremos nosso verdadeiro bem-estar. Se seguirmos pessoas que nunca receberam instruções de Vaisnavas verdadeiros, mas que simplesmente os imitam decorando seus corpos com contas de tulasi e outras marcas e que gritam o que parece ser os nomes de Deus, porém somente na forma do som externo, não encontraremos sri hari-nama-sankirtana.

do The Gaudiya Volume 23, Issue 10
publicado pelo grupo do Rays of The Harmonist

Tradução: Basanti dasi 

Orar humildemente por ajuda





por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura Prabhupada

“Bahubhirmilitva yat kirtanam tadaiva sankirtanam – sankirtana significa o canto congregacional.”
As glorificações e preces estão incluídas no sankirtana. De uma perspectiva externa, aquele que oferece stuti (orações védicas) tem uma posição menos elevada do que o objeto de suas preces. Uma terceira pessoa, entretanto, pode compreender melhor as glórias de uma pessoa por ouvir suas preces. Sri Gaurasundara explicou que para chamar por Bhagavan genuinamente, a pessoa deve ser mais humilde do que uma folha de grama (trnad api sunicena). Não podemos clamar e chorar por alguém até que tenhamos aceitado nossa própria insignificância em relação a esta pessoa. Nós imploramos por ajuda quando somos forçados a tomar consciência de nosso desamparo. Sempre que nos encontramos incapazes de completar uma tarefa por nós mesmos, não nos resta opção a não ser buscar ajuda de alguém. Sozinho não posso desempenhar uma tarefa que requer cinco pessoas para ser realizada.

Sri Gaurasundara nos instrui a clamar por Bhagavan de forma genuína, o que significa que Ele nos persuade a solicitarmos a ajuda de Sri Bhagavan. Isto nós ouvimos de Srila Gurudeva. Contudo, se eu chamo Bhagavan com a intenção de envolvê-lO em algum serviço para mim, ou se peço a Ele com o propósito de fazer alguma tarefa, falta em meu choro a humildade verdadeira de trnad api sunicena. A verdadeira humildade nunca é encontrada numa exibição externa de humildade, a qual é, de fato, mera duplicidade. Clamar por Bhagavan com o sentimento de ser o mestre ou o senhor dEle, esperando que Ele obedeça como um servo não é eficiente. Ele não ouve tal chamado porque Ele é supremamente independente e totalmente consciente. Assim, Ele não é controlado por ninguém. Até que o egoísmo da pessoa estabeleça raízes em uma humildade sincera e sem duplicidade, suas preces não alcançarão Bhagavan, que é completamente independente.

Uma pessoa que é mais humilde que uma folha de grama pode clamar por Bhagavan, mas, ao menos que seja dotada com as qualidades da paciência e tolerância, seu chamado ainda assim não resultará em frutos. Se demonstrarmos impaciência por perseguir nossos próprios interesses, nosso comportamento está em oposição direta ao humor de trnad api sunicena. Se tivermos plena confiança de que Bhagavan é o Ser Completo e de que nosso chamado por Ele nunca resultará em escassez, não experimentaremos nenhuma falta de paciência. Mas se nos tornamos cobiçosos, intolerantes e irrequietos, e se permanecermos inflexíveis de que completaremos nossa tarefa com a força da nossa própria habilidade e competência, não seremos capazes de clamar por Bhagavan no verdadeiro sentido.

Se formos vaidosos, não poderemos clamar por Ele apropriadamente. Além disso, se tentarmos aniquilar nossos verdadeiros interesses próprios, então não seremos capazes de clamar por Bhagavan. Frequentemente pensar que está controlando Bhagavan através de suas preces e então se ocupar em outras atividades nas quais não necessita pedir a ajuda dELe – este tipo de mentalidade também indica a ausência de tolerância.

Deste modo, precisamos de um guardião para nos salvar de tais tendências até que nos tornemos qualificados para orar com sinceridade no humor de trnad api sunicena. Seu abrigo e ajuda são necessárias para nos proteger das inclinações desfavoráveis. Srila Narottama dasa Thakura diz: “asraya laiya bhaje, tanre krsna nahi tyaje, ara sabe mare akarana – aquele que realiza bhajana abrigando-se em personalidades que são como a morada do amor por Krsna, tal pessoa não é negligenciada por Krsna; todos os demais vivem em vão.”

[Trecho do artigo Guru-tattva e seva da revista The Harmonist, nº 15, Kartika, 2005] 
Cante este mantra e seja feliz:

Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
hare krishna !reverencias a todos os leitores e devotos do senhor krishna !

este blog esta em construção , vou tentar condensar aqui as aulas do site bhakti brasil que encontrar on line .jaya srila gurudeva !

Yuga Acarya Srila Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaja Ki Jay Ho!!!